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Muchos, muchos años atrás me dio por leer, uno tras otro y preso de la alegría, todos los libros del gran escritor brasileño. No pierde su encanto este: Exuberante, barroco, hiperbólico y desmesurado, pleno de gozo y jocosidad, así era Jorge Amado en la segunda etapa de su escritura. Una galaxia de tipos humanos pueblan la gran Salvador de Bahía, con Vadinho y el doctor Teodoro flanqueando y colmando en feliz "balancê" a la reina del Arte de la Vida: nuestra querida doña Flor. No todo es perfecto en esta travesía de tres años desde el carnaval al candomblé: tanto juego de personajes y situaciones puede a veces resultar repetitivo (ningún problema por mi parte), y sí que me sobra un tanto la insistencia al final en las cuestiones de casino (un aspecto auténtico agujero negro, para mí) y tal vez quisiéramos saber más de algún personaje; pero, en resumen, los orixás nos guían y llevan a través de este santo retablo del saber vivir. "Que pode Dona Flor dizer? "Vai-te embora, maldito, deixa-me honrada e feliz com meu esposo" ou bem "toma-me em teus braços, penetra minha última fortaleza, teu beijo vale o preço de qualquer felicidade", que lhe dizer? Por que cada criatura se divide em duas, por que é necessário sempre se dilacerar entre dois amores, por que o coração contém de uma só vez dois sentimentos, controversos e opostos?" "Ali, diante do grupo insólito em madeira e frete, Dona Flor ficou parada longo tempo, e a nave de pedra e cal, imenso barco, levantou âncora e partiu, singrando os ares num mar azul de nuvens, céu a fora." "Um muro os separava naquela hora do crepúsculo, quando a tristeza irrompe do horizonte em cinza e em vermelho, quando cada coisa e cada vivente morre um pouco no morrer do dia." "Da elegia, sim, não havia dúvidas, era Vadinho herói indiscutível, "jamais outro virá tão íntimo das estrelas, dos dados e das putas, mágico jogral", badalavam os versos, numa louvação sem tamanho." |